sábado, 27 de fevereiro de 2010

Companhia de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY) trabalha diuturnamente no BRABAT-2



Porto Príncipe – Haiti. A Companhia de Engenharia de Força de Paz – BRAENGCOY está empenhada no preparo das instalações do segundo Batalhão de Infantaria de Força de Paz - BRABATT-2. O Batalhão, no dia 13 de fevereiro, recebeu seu primeiro escalão de militares e até o início do mês de março deverá estar completo. A BRAENGCOY realiza diversos trabalhos diuturnos para deixar o local em condições antes da chegada de todo o efetivo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Lula visita hoje tropas brasileiras no Haiti


Da Agência Brasil
Em Brasília

* Presidente Lula posa para foto oficial da 21ª Cúpula do Grupo do Rio e da 2ª Cúpula da América Latina e do Caribe (CALC), ao lado de lideranças de outros países; como parte da viagem a outros países da América Latina, Lula passa hoje pelo Haiti


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje (25) à tarde (15h45), em Porto Príncipe, com o presidente do Haiti, René Preval, e com o primeiro-ministro, Jean-Max Bellerive. Em pauta, entre outros temas, a cooperação com o governo haitiano nas áreas de assistência humanitária emergencial e de reconstrução do país após o terremoto de 12 de janeiro.

Durante o encontro, serão assinados acordos complementares nas áreas de segurança alimentar, formação profissional, monitoramento de programas sociais e de construção de cisternas para captação de água de chuva.

Lula chega à capital haitiana às 11h30, procedente de Havana (Cuba). Em seguida, sobrevoa a cidade de helicóptero, participa da cerimônia de formatura das tropas brasileiras que integram a Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (Minustah) no país e almoça com soldados da Minustah, na Base General Bacellar.

Ainda hoje, antes do encontro com René Preval, Lula visita as instalações do contingente brasileiro (Base Acadêmica Rachel de Queiroz) e o Hospital de Campo da Força de Paz, acompanhado dos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias.

No fim do dia (17h15), o presidente deixa o Haiti com destino a El Salvador. O desembarque na capital salvadorenha - San Salvador - está previsto para as 18h45.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ONU lança novo apelo por doações para o Haiti

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um novo apelo por doações para o Haiti, com o objetivo de atingir uma cifra recorde de US$ 1,44 bilhão. O valor representa mais do que o dobro dos US$ 576 milhões pedidos anteriormente para atender às necessidades criadas após o devastador terremoto de janeiro.

O enviado especial da ONU ao Haiti, o ex-presidente americano Bill Clinton, lançou o apelo, dizendo que há uma necessidade urgente de alimentos, água e barracas para desabrigados, com a temporada de chuvas se aproximando.

A maior cifra já coletada pela ONU para ajuda humanitária havia sido de US$ 1,41 bilhão para as vítimas do tsunami de 2004 na Ásia.

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, John Holmes, que também participou do lançamento do apelo, disse que o Haiti precisa de um esforço de longo prazo para reconstrução após o terremoto.

Ele fez a afirmação após o vazamento à imprensa de um e-mail que ele havia enviado criticando a coordenação dos trabalhos das agências humanitárias no Haiti.

Estima-se que o terremoto do dia 12 de janeiro tenha matado cerca de 230 mil pessoas e deixado mais de 1,2 milhão de pessoas desabrigadas.

Áreas prioritárias Segundo o escritório da ONU para Assuntos de Coordenação Humanitária, as áreas prioritárias para o Haiti incluem agricultura, saúde, logística, nutrição, segurança, saneamento e higiene.

Ao anunciar o valor total do apelo por doações, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse: "Com a temporada de chuvas chegando ao Haiti, será extremamente importante prover prioritariamente abrigos básicos, saneamento e outras assistências humanitárias necessárias".

Clinton, por sua vez, pediu que as doações sejam feitas o mais rapidamente possível. "Prometa menos e dê. E faça isso o mais rápido possível", disse ele.

Segundo ele, os haitianos precisam deixar o ciclo de sobreviver dia-a-dia e se tornar menos dependentes de doações.

"Eles precisam ser capazes de sobreviver mês a mês. E, então, vamos ajudá-los a fazer o resto", disse Clinton.

Transparência Durante o lançamento do apelo, Clinton afirmou que o site da ONU permitirá aos doadores acompanhar onde seu dinheiro está sendo usado.

"É o começo do processo de transparência que funcionou tão bem na área do tsunami. Vocês têm o direito de cobrar de mim e do nosso sistema", afirmou.

O subsecretário da ONU John Holmes afirmou que "atender às necessidades das pessoas no Haiti vai requerer mais do generoso apoio global que temos visto até agora".

Cerca de 95% do valor inicialmente pedido em doações (de US$ 576 milhões) já foi alcançado, segundo a ONU.

Holmes comentou o vazamento do e-mail no qual criticava o desempenho das agências humanitárias no Haiti e disse que estava tocando em um "assunto técnico".

"O que eu estava tentando dizer é que ainda há uma enorme quantidade de coisas para se fazer. Queremos ter um bloco de recursos de coordenação para fazer isso, que vá além do que é necessário em qualquer desastre comum", afirmou.

Os desabrigados do terremoto ainda estão em campos improvisados espalhados pela capital do país, Porto Príncipe.

O saneamento básico é o principal problema, e funcionários de agências humanitárias advertem para o risco da disseminação de doenças infecciosas.

Na quinta-feira, representantes da ONU, dos Estados Unidos e da União Europeia se reuniram em Segovia, na Espanha, para discutir uma melhor coordenação na ajuda ao Haiti.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

França anuncia ajuda de US$ 444 milhões ao Haiti

Porto Príncipe, 17 fev (EFE).- O presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou hoje uma ajuda para o Haiti de 326 milhões de euros (US$ 444 milhões), que inclui o perdão da dívida com Paris, avaliada em 56 milhões de euros (US$ 76 milhões), e 180 milhões de euros (US$ 245 milhões) para tarefas de reconstrução.

Sarkozy, primeiro presidente da França que visita o Haiti, fez este anúncio durante uma entrevista coletiva oferecida junto ao líder haitiano, René Préval, com quem se reuniu para conhecer os projetos de reconstrução após o terremoto de 12 de janeiro passado, que causou a morte de 217 mil pessoas.

"É minha resposta antes que me façam a pergunta", disse Sarkozy em referência ao perdão da dívida e ao pedido internacional para que se restitua ao Haiti o dinheiro que durante anos teve que pagar para que a França reconhecesse sua independência, proclamada em 1804.

A França fornecerá ao Haiti alojamento para 200 mil pessoas em barracas e tendas, reconstruirá o hospital da Universidade de Estado do Haiti, o principal do país, destinará 260 veículos policiais, de bombeiros e ambulâncias e enviará ao país caribenho jovens que trabalharão em trabalhos de escolarização infantil.

O líder também anunciou que seu país ajudará na reconstrução de uma parte das instalações dos serviços públicos e prometeu "dezenas de toneladas" de adubos e sementes para o campo.

Se as autoridades haitianas estiverem de acordo, a França acolherá crianças e adolescentes que ficaram órfãos depois da tragédia. Além disso, a França também destinará ao Haiti todos os recursos de engenharia que possui em seus territórios ultramarinos.

Sarkozy convidou o Haiti a criar as bases de um "consenso nacional" para iniciar um "projeto nacional" e se mostrou favorável que não se reconstrua como foi feito até agora, assim como de compartilhar as riquezas, que devem "beneficiar todo mundo".

Em sua opinião, é necessário tomar cuidado com as rivalidades no país, para evitar que também se estendam ao âmbito da comunidade internacional em matéria de ajuda.

Segundo ele, a França não exercerá rivalidade alguma no que diz respeito à ajuda ao Haiti.

"Os Estados Unidos fizeram um bom trabalho", afirmou Sarkozy. Além disso, destacou o trabalho dos canadenses, dos brasileiros e das agências da ONU e assegurou que a França se unirá a eles.

Em referência aos US$ 14 bilhões que, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) custará a reconstrução, o presidente francês disse que "não se deve condenar o Haiti ao assistencialismo". Para ele, isso pode enfraquecer a iniciativa privada.

"A melhor ajuda é a que permite realizar investimentos", disse Sarkozy, que viajou ao Haiti acompanhado do ministro de Assuntos Exteriores francês, Bernard Kouchner, o de Cooperação, Alain Joyandet, e a titular de Territórios Ultramarinos, Marie Luce Penchard.

O presidente haitiano expressou seu reconhecimento à França. "O senhor veio, ouviu e viu" a situação, disse Préval, que mostrou sua admiração pelo trabalho dos socorristas franceses e concordou com Sarkozy que "não é o momento de reconstruir, mas de construir". Além diss, defendeu um plano de "refundação".

Préval reiterou a dificuldade de realizar eleições por falta de "condições materiais e humanas". Ele explicou que é necessário construir o Estado, organizar suas instituições, os poderes locais e "edificar um novo país para o bem-estar dos haitianos", o que inclui uma "nova cidadania".

Para Sarkozy, também é muito importante obter avanços no desenvolvimento democrático do país caribenho, cuja história, disse, está marcada por inúmeras constituições, vários chefes de Estado assassinados e uma "abominável ditadura".

No entanto, neste momento é difícil pensar na realização das eleições legislativas previstas para este mês, algo que, no entanto, corresponde decidir aos haitianos, afirmou.

O presidente, que sobrevoou de helicóptero a devastada cidade, expressou o impacto que lhe causou a catástrofe. "A realidade é pior ainda do que eu imaginava", confessou.

A visita de Sarkozy, de pouco mais de três horas, incluiu também um ato na embaixada da França. No encontro, ele defendeu uma reconstrução que beneficie todo o povo, "não somente uma pequena parte da população que já acumula as riquezas, não somente a república de Porto Príncipe em detrimento do país do interior", disse.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Terremoto do Haiti foi muito mais destrutivo do que a tsunami de 2004 na Indonésia (BID)

O terremoto que deixou mais de 1,2 milhão de haitianos desabrigados supera em devastação a tsunami do final de 2004 no Oceano Índico e causou cinco vezes mais mortes por milhão de habitantes do que o terremoto de 1972 na Nicarágua, revelou nesta terça-feira um relatório do BID.

"Certamente, nesse sentido o terremoto do Haiti foi amplamente mais destrutivo do que a tsunami de 2004 na Indonésia, e do que o ciclone que atingiu Mianmar em 2008", ressaltou o informe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) divulgado em Washington.

"Causou cinco vezes mais mortes por milhão de habitantes do que o segundo desastre natural mais mortífero, o terremoto de 1972 na Nicarágua (10.000 mortos)", acrescentou.

No dia 26 de dezembro de 2004, uma tsunami causou uma tragédia no sudeste asiático, principalmente na Indonésia, com um registro de 220.000 mortos.

Em 2 e 3 de maio de 2008, o ciclone Nargis arrasou em Mianmar o Delta do Irrawaddy e a região de Yangun, deixando 138.000 mortos e desaparecidos, e 2,4 milhões de desabrigados.

A reconstrução do Haiti poderá custar cerca de 14 bilhões de dólares. O terremoto, que deixou 217.000 mortos em 12 de janeiro, foi considerado pelo BID desastre natural mais destrutivo da história moderna.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Total de mortos do Haiti chega a 230 mil e supera o do tsunami de 2004

O número de pessoas mortas em consequência do terremoto que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro chegou a 230 mil, segundo afirmou o governo do país nesta terça-feira.

O novo total supera em 18 mil a estimativa anterior, feita na semana passada, e ultrapassa algumas estimativas do número de mortes no tsunami que atingiu o sudeste asiático em dezembro de 2004.

Um relatório do Centro de Pesquisas sobre Epidemiologia de Desastres encomendado pela ONU e publicado em janeiro indicava o tsunami de 2004 como o desastre mais mortífero da primeira década do milênio, com cerca de 220 mil mortes.

O total de mortos no terremoto do Haiti pode crescer ainda mais, já que muitos corpos ainda não teriam sido contabilizados, segundo a ministra das Comunicações do país, Marie-Laurence Jocelyn Lassegue.

O novo total de mortos não inclui corpos enterrados por funerárias privadas em cemitérios privados ou corpos de vítimas enterrados pelas próprias famílias.

Segundo os dados do governo haitiano, o terremoto deixou ainda cerca de 300 mil pessoas feridas.

Situação crítica Quase um mês após o terremoto, a situação humanitária no país continua crítica, com muitos desabrigados e o crescente temor de epidemias.

Segundo um correspondente da BBC na capital do Haiti, Porto Príncipe, as preocupações aumentam com a proximidade da temporada de chuvas e a falta de barracas para os desabrigados.

No maior dos campos de desabrigados montados na cidade após o tremor, há muitas famílias vivendo ainda sob lonas armadas sobre pedaços de madeira.

Segundo funcionários de agências humanitárias, o objetivo é abrigar todos em barracas antes do início das chuvas.

Mas os desafios de colocar um grande número de barracas em campos superlotados são grandes.

Muitas construções de Porto Príncipe ainda estão em estado crítico, por conta dos danos sofridos com o terremoto.

Nesta terça-feira, um supermercado teria desabado com várias pessoas dentro, possivelmente saqueadores.

Acredita-se que havia entre cinco e oito pessoas dentro do prédio, já parcialmente destruído durante o tremor do dia 12.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Haitiano é retirado de escombros com vida quatro semanas após terremoto, diz CNN

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Um homem foi retirado com vida dos escombros de um edifício em Porto Príncipe, capital do Haiti, quatro semanas após o terremoto que devastou o país, relataram médicos que atuam no local à rede norte-americana de televisão CNN.

Fraco e magro, o homem de 28 anos foi encontrado nos destroços de um mercado onde, segundo sua família, ele trabalhava vendendo arroz. Com um quadro de extrema desidratação e desnutrição, mas sem lesões graves de esmagamento, ele foi levado ao hospital de campo da Universidade de Miami, de acordo Sanjay Gupta, chefe da equipe médica.

Segundo os médicos, o homem contou que uma pessoa estava levando água enquanto ele estava preso. No entanto, a informação não foi confirmada pelos médicos, já que o rapaz estava muito confuso.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Países do G7 se comprometem a anular dívida bilateral do Haiti (Canadá)

Os países do G7 "vão cancelar toda a dívida bilateral do Haiti", devastado pelo terremoto de 12 de janeiro, declarou neste sábado o ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty.

Ao mesmo tempo, as nações mais industrializadas do mundo prosseguirão com suas políticas de estímulo à economia, antes de se aterem à redução de seus déficits, afirmou Flaherty, durante entrevista à imprensa, em Iqaluit, ao final de uma reunião dos Sete Grandes.

O G7 foi criado em 1975 pelo presidente francês Valéry Giscard d'Estaing, tendo se tornado com o decorrer do tempo em grande máquina diplomática e midiática.