Vítimas de epidemia de cólera no Haiti entram com ação contra a ONU
quarta-feira, 09/10/2013 - 18:14
Agência Lusa
Nova Iorque – Os advogados das vítimas da epidemia de cólera que provocou mais de 8.300 mortos no Haiti desde outubro de 2010 apresentaram hoje (9) uma queixa contra a Organização das Nações Unidas (ONU) em um tribunal de Nova Iorque. “Vamos apresentar uma queixa contra a ONU no caso sobre a cólera!”, publicou na sua conta Twitter o Instituto para a Justiça e a Democracia no Haiti (IJDH).
“Sentimos que vamos ganhar”, disse a advogada Ira Kurzban em conferência de imprensa. “O Haiti tem hoje a pior epidemia de cólera do mundo. A cólera foi levada para o Haiti pelas tropas das Nações Unidas”. O IJDH, sediado nos Estados Unidos, diz que está agindo em nome das cerca de 8 mil vítimas e das suas famílias.
No total, mais de 650 mil pessoas foram infectadas em três anos pelo surto de cólera no Haiti desde outubro de 2010. Em maio passado, a mesma organização forneceu um prazo de 60 dias às Nações Unidas para a obtenção de um acordo de indenização e ameaçou desencadear um processo judicial no final desse prazo.
Em meados de fevereiro, a ONU recusou o pedido de indenização argumentando que a requisição “não se enquadra no âmbito da Secção 29 da Convenção sobre os Privilégios e Imunidades das Nações Unidas” de 1946.
Um estudo publicado em junho de 2011 pelos Centros Americanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) concluiu que a cólera foi introduzida no Haiti pelos “capacetes azuis” (nome pelo qual são conhecidas as tropas multinacionais que servem nas Forças de Paz da ONU) nepaleses. A origem do surto foi detectada em um rio perto de uma base dos “capacetes azuis” da ONU na cidade de Mirebalais (centro), onde estiveram estacionadas as tropas nepalesas. A ONU nunca reconheceu a responsabilidade pela epidemia, ao considerar impossível determinar formalmente a origem da doença.
Os dados da IJDH informam que a epidemia de cólera continua a matar cerca de 1 mil haitianos por ano. Os advogados pedem uma indenização de US$ 100 mil (R$ 220.480) para a família de cada vítima morta e US$ 49.994,40 (R$110.226,70) para cada sobrevivente.
Nova Iorque – Os advogados das vítimas da epidemia de cólera que provocou mais de 8.300 mortos no Haiti desde outubro de 2010 apresentaram hoje (9) uma queixa contra a Organização das Nações Unidas (ONU) em um tribunal de Nova Iorque. “Vamos apresentar uma queixa contra a ONU no caso sobre a cólera!”, publicou na sua conta Twitter o Instituto para a Justiça e a Democracia no Haiti (IJDH).
“Sentimos que vamos ganhar”, disse a advogada Ira Kurzban em conferência de imprensa. “O Haiti tem hoje a pior epidemia de cólera do mundo. A cólera foi levada para o Haiti pelas tropas das Nações Unidas”. O IJDH, sediado nos Estados Unidos, diz que está agindo em nome das cerca de 8 mil vítimas e das suas famílias.
No total, mais de 650 mil pessoas foram infectadas em três anos pelo surto de cólera no Haiti desde outubro de 2010. Em maio passado, a mesma organização forneceu um prazo de 60 dias às Nações Unidas para a obtenção de um acordo de indenização e ameaçou desencadear um processo judicial no final desse prazo.
Em meados de fevereiro, a ONU recusou o pedido de indenização argumentando que a requisição “não se enquadra no âmbito da Secção 29 da Convenção sobre os Privilégios e Imunidades das Nações Unidas” de 1946.
Um estudo publicado em junho de 2011 pelos Centros Americanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) concluiu que a cólera foi introduzida no Haiti pelos “capacetes azuis” (nome pelo qual são conhecidas as tropas multinacionais que servem nas Forças de Paz da ONU) nepaleses. A origem do surto foi detectada em um rio perto de uma base dos “capacetes azuis” da ONU na cidade de Mirebalais (centro), onde estiveram estacionadas as tropas nepalesas. A ONU nunca reconheceu a responsabilidade pela epidemia, ao considerar impossível determinar formalmente a origem da doença.
Os dados da IJDH informam que a epidemia de cólera continua a matar cerca de 1 mil haitianos por ano. Os advogados pedem uma indenização de US$ 100 mil (R$ 220.480) para a família de cada vítima morta e US$ 49.994,40 (R$110.226,70) para cada sobrevivente.