No país comandado por Hugo Chávez, a inflação anda na casa de 20% ao ano, mas isso não tira o sono do Banco Central venezuelano, que mantém os juros reais fortemente negativos - as taxas de juros de três meses, por exemplo, são de 10,47% ao ano, um quadro bem diverso do registrado por aqui, onde as taxas reais continuam altas, na casa de 8% a 9%.
Segundo José Felix Rivas, diretor do BC venezuelano, garantir o crescimento é tão importante quanto manter a inflação em níveis adequados.
Há uma meta apenas indicativa de 12,5% para este ano acertada com o Ministério das Finanças, que não deve ser cumprida.
Nos 12 meses até maio, o índice de preços ao consumidor acumula alta de 19,5%.
Rivas diz que o objetivo é manter a inflação dentro de parâmetros que não sejam altos em termos históricos.
"A inflação nos últimos oito anos está abaixo da média dos anos 90, de 40%". O governo trabalha com uma meta de crescimento de 5% a 6%, que também deverá ser superada, já que a economia avança a uma taxa de 10%.
O diretor de pesquisa para a América Latina do WestLB, Ricardo Amorim, prevê uma expansão do PIB de 7,4% em 2006.
Crítico da política monetária venezuelana, Amorim diz que o país mira só o crescimento e que o controle da inflação está longe de ser prioridade.
(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)
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