Havana, 1 nov (EFE).- O presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular de Cuba, Ricardo Alarcón, afirmou nesta quinta-feira que o seu país sempre quis fazer parte de uma "pátria grande" latino-americana, mas admitiu que o sonho não está "tão próximo".
"Esta é uma antiga idéia latino-americana. Desde que começamos essa é a nossa aspiração, a de Bolívar, de Martí. Mas ainda não estamos tão perto desse momento", disse Alarcón à Efe.
Ele comentou assim as declarações do ministro das Relações Exteriores cubano, Felipe Pérez Roque, de que Cuba estaria disposta a renunciar à sua soberania e bandeira para se integrar a um grande bloco de nações latino-americanas e caribenhas.
"Pérez Roque não falou de ceder à Espanha nem aos Estados Unidos.
Ele se referiu ao dia em que tivermos a pátria grande, a pátria unida pela qual Cuba tem lutado em toda a sua história", acrescentou, lembrando que a União Européia tem sua própria bandeira e moeda.
No dia 14 de outubro, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou em Cuba que os dois países são um só e caminham rumo a uma confederação de repúblicas bolivarianas, caribenhas e sul-americanas.
Sobre a possível renovação do mandato do líder cubano, Fidel Castro, nas eleições do primeiro trimestre do próximo ano, Alarcón disse que votaria a favor.
"Não sei se vou ser deputado. Mas, se for, votarei em Fidel Castro", disse.
O líder cubano, de 81 anos, se recupera de uma grave doença intestinal. Ele delegou provisoriamente seus cargos ao seu irmão Raúl em julho do ano passado.
Fonte: Notícias Uol
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/11/02/ult1808u104545.jhtm
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