domingo, 11 de novembro de 2007

Presidente do Parlamento cubano defende "pátria latino-americana"

02/11/2007 - 01h04

Havana, 1 nov (EFE).- O presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular de Cuba, Ricardo Alarcón, afirmou nesta quinta-feira que o seu país sempre quis fazer parte de uma "pátria grande" latino-americana, mas admitiu que o sonho não está "tão próximo".

"Esta é uma antiga idéia latino-americana. Desde que começamos essa é a nossa aspiração, a de Bolívar, de Martí. Mas ainda não estamos tão perto desse momento", disse Alarcón à Efe.

Ele comentou assim as declarações do ministro das Relações Exteriores cubano, Felipe Pérez Roque, de que Cuba estaria disposta a renunciar à sua soberania e bandeira para se integrar a um grande bloco de nações latino-americanas e caribenhas.

"Pérez Roque não falou de ceder à Espanha nem aos Estados Unidos.

Ele se referiu ao dia em que tivermos a pátria grande, a pátria unida pela qual Cuba tem lutado em toda a sua história", acrescentou, lembrando que a União Européia tem sua própria bandeira e moeda.

No dia 14 de outubro, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou em Cuba que os dois países são um só e caminham rumo a uma confederação de repúblicas bolivarianas, caribenhas e sul-americanas.

Sobre a possível renovação do mandato do líder cubano, Fidel Castro, nas eleições do primeiro trimestre do próximo ano, Alarcón disse que votaria a favor.

"Não sei se vou ser deputado. Mas, se for, votarei em Fidel Castro", disse.

O líder cubano, de 81 anos, se recupera de uma grave doença intestinal. Ele delegou provisoriamente seus cargos ao seu irmão Raúl em julho do ano passado.

Fonte: Notícias Uol

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/11/02/ult1808u104545.jhtm

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