Estoril (Portugal), 1 dez (EFE).- Os países-membros da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) afirmaram hoje, em uma nota divulgada no balneário português de Estoril, que não reconhecem as eleições "ilegais e ilegítimas" de domingo em Honduras.
Além disso, advertem à comunidade internacional que reconhecer este pleito "representa um nefasto precedente que colocaria em risco a estabilidade e a existência das democracias" na região, acrescenta o comunicado divulgado pela delegação venezuelana na 19ª Cúpula Ibero-Americana.
Os países da Alba apoiam os esforços do Governo do presidente deposto Manuel Zelaya diante das instâncias jurisdicionais internacionais para levar "à justiça os autores intelectuais e materiais do golpe de Estado e os responsáveis pelas violações aos direitos humanos e às perseguições políticas em Honduras".
Apóiam também a solicitação apresentada diante da ONU para a "formação de um Tribunal Internacional para julgar esse tipo de crimes".
Além disso, reiteram o conteúdo da "Declaração Especial sobre Honduras" realizada em Cochabamba, em 19 de outubro.
O bloco da Alba é formado pelo Equador, Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Honduras, Dominica, São Vicente e Granadinas, e Antígua e Barbuda.
Fontes venezuelanas disseram hoje à Agência Efe que os chanceleres da Alba realizaram ontem à noite uma reunião em Estoril, onde estão reunidos desde o domingo os chefes de Estado de Ibero-Americana, e à qual não participam vários líderes do bloco.
Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, da Bolívia, Evo Morales, Nicarágua, Daniel Ortega e Cuba, Raúl Castro, não foram à cúpula.
O equatoriano, Rafael Correa, que foi o primeiro a chegar à reunião foi também o primeiro a ir embora.
Os países ibero-americanos tentam na cúpula de Estoril chegar a um consenso das posições sobre o reconhecimento das eleições em Honduras, objetivo difícil de alcançar, segundo diversas fontes consultas.
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